O desfile da Louis Vuitton, que aconteceu ontem de manhã em Paris, veio bem suave: Marc Jacobs também entrou na onda dos tons pastel, e assim como a Chanel, trouxe uma passarela toda clarinha, mas nada de fundo do mar: aqui as modelos apareciam sentadas em um carrossel que não parava de girar, enquanto outras desfilavam em torno dele. A metáfora da moda, cíclica, sempre dando voltas, ou até mesmo o carrossel do Jardim das Tulherias, em Paris: Jacobs explicou suas referências para o cenário de várias formas, mas para mim ficou ainda mais clara a sensação de um desfile lúdico. Da trilha de caixinha de música, passando pelas cores e a postura das modelos, o caminhar delas na passarela, e sendo finalmente traduzida na silhueta dos looks mostrados. Como uma mãe que veste sua filha com um vestido um pouco maior que seu tamanho ideal para não perder logo a peça, sabe? A cintura estava sempre marcada porém mais larguinha, e as saias vieram bem estruturadas, com as de cintura baixa aparentando estar fora do lugar certo. Foi essa a sensação que tive ao ver muitos looks desfilados. Eu e a Adriane ficamos de olho na Kate Moss, fechando o desfile: eu achei que a modelo parecia isso mesmo, uma criança tímida, olhando pra baixo, sem graça, enquanto a Dri sentiu um ar mais melancólico: “Ela parecia estar chorando!”
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Deu pra sentir também muito do que ele andou fazendo no resort da Marc Jacobs com as flores aplicadas. E se na Dior a jaqueta perfecto veio bem moderninha mas fazendo alusão ao clássico new look da grife, na Vuitton a referência retrô puxou o clássico para modelos comportadinhos, de botões grandes, fugindo do look motoqueira ou punk.
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Mais uma vez Marc nos traz uma coleção carregada de influências sessentinhas, que me remeteram a seu começo na Louis Vuitton. Será que entraria aí mais uma interpretação para o carrossel, lembrando de sua possível ida para a Dior? Terminar como começou…
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